terça-feira, 25 de novembro de 2014

Quando alguém vai embora...



Assim como tem alguém 
Que quando perde alguém chora 
Também tem alguém que age 
Quando um amor vai embora 
Com a mesma simplicidade 
Que um pingo d'agua se tóra. 

(Poeta Manoel Filó)

Falando musicalmente...

 
"Fui abrindo a porta devagar, mas deixei a luz entrar primeiro, todo meu passado iluminei e entrei."

(O portão - Roberto Carlos)

Todas elas juntas num só ser - Lenine

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, mais conhecido como Lenine, é um cantor, compositor, arranjador, escritor, letrista e músico brasileiro. Ocupa a cadeira 38 como acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Letras. Esse pernambucano arretado, no programa Zoombido de Paulinho Moska, interpreta de sua autoria "Todas Elas Juntas Num Só Ser" esse clássico da Musica Popular Brasileira, um verdadeiro passeio em uma homenagem a mulher amada!


sábado, 22 de novembro de 2014

A endoculturação



Diante de tantas formas e modelos de ensino e aprendizagem debatidos pela didática, pouco se fala na utilização da música como instrumento de aproximação entre o professor e o aluno. A musicalização na escola, assim como sua conotação, atribui um valor agregado a relação do aprender e do ensinar. A música é uma ferramenta didática pouco utilizada e não muito valorizada pela maioria dos professores, infelizmente. 

O processo em que a música serve como um instrumento capaz de levar mais cultura para um determinado ambiente é chamado de endoculturação. Esse termo é bastante utilizado por teóricos da musicoterapia, principalmente os que estão ligados a musicoterapia didática. A endoculturação possibilita um debate dialético sobre um determinado tema, endossado pelas letras ou melodias de canções conhecidas ou não pelas pessoas. É nítido o poder da música em aproximar as relações e debater fatos cotidianos, o que facilita a exemplificação desses fatos, assim como a identificação das pessoas com esses, influenciando beneficamente a formação de opiniões.

Não é apenas em ambiente escolar que se pode utilizar a endoculturação. Muitas empresas, atualmente criam programas como "semanas culturais", "dia da cultura", palestras culturais, entre outras formas para criar um ambiente mais harmônico, diverso e cultural entre os funcionários de tais organizações. A musicoterapia organizacional está aí para proporcionar tais feitos, buscando uma gestão mais humana e democrática através da música. 

Além desses ambientes apresentados, o meio familiar se mostra como o mais propício e importante espaço social para ocorrer a endoculturação. O histórico musical, que a criança começa a adquirir desde o útero da mãe, é um dos mais fortes fatores para a definição da identidade sonora do indivíduo (ISO), e é interessante que tal identidade instigue um pensar e um ouvido mais ativo, que possibilite reflexões e opiniões diante das músicas que irão compor o repertório musical desses sujeitos. 

Ao analisar a música como forte instrumento cultural, não podemos nos esquecer de levá-lo adiante. Quando exercemos a endoculturação, estamos repassando conhecimento e poder, estamos reforçando um debate social, além de estarmos alimentando a nossa alma através das boas canções.  

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Um sorriso de Catatau que lembra Zumbi



Negro é cor de respeito, negro é inspiração, negro é silêncio, é luto, é tudo! Hoje, dia 20 de novembro, celebramos o dia da consciência negra. Se pusermos a mão na consciência será dolorido lembrar do sofrimento obscuro sofrido pelo negro em nosso país no passo, e que ainda persiste em existir. Ainda hoje dói saber que o negro é, em muitas ocasiões, tratado como sobra social, como se fosse aquilo que não deu certo. Mal sabem essas pessoas que um sorriso negro, um abraço negro, traz felicidade!

Mas negro sem emprego me lembra Catatau, aquele que chegou legal, no Vidigal, mas ia ter uma blitz naquele local. Negro sem emprego fica sem sossego. Eis, então, a cena: num beco da grande favela, um vulto surge na viela e o soldado dá voz de prisão, com decisão. Do outro lado negro desempregado, bastante desesperado se rende, correndo, e cai. Mas Catatau, cai com a mão na cabeça para que ninguém esqueça o quanto pediu clemência, mas não foi ouvido por causa da violência, que ,posteriormente, fez chorar o soldado, que muito mal orientado - por quem e à serviço de quem? - não pôde evitar o mal e nem a sorte daquele inocente, no Vidigal.

Essa é a história de Catatau, que me lembra Zumbi, aquele rei dos Palmares. O rei de todas as raças! Zumbi merece ser coroado, mas com toda sua virtude, não sei se aceitaria a coroa. Mas de fato, caso pedisse a coroação e por direito o cetro do quilombo que deixou por aqui, nossa bandeira seria: ordem, progresso e PERDÃO. Zumbi, tu és babá dessa nação, orixá nacional, orfeu da casa real, o mestre sala de Zambi na libertação!

Viva a Zumbi, Viva a Catatau. Ainda existem muitos por aí! Zumbi vive, Catatau vive! Pena de mim que não sou negro, pois negro é admiração, negro é sentimento, é luta. Negro já foi escravo, negro, negro é a voz da verdade, negro é amor. Com orgulho dos quilombolas, grito: Salve essa nação de Aruanda! Salve esse Brasil Zumbi! 

O negro também é saudade e orgulho, pois negro é a raiz da liberdade!

Músicas:

(Sorriso Negro - Jorge Portela / Adilson Barbado / Jair Carvalho)

(Catatau - Jovelina Pérola Negra)

(300 anos - Paulo César Feital / Altay Veloso)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Escrever é...



Escrever é meditar 
Todo dia e o dia inteiro 
Fazer o vento uma escada 
E do luar um candeeiro 
 Pra ver o rosto de Deus 
 Por detrás do nevoeiro. 

(Antonio Francisco)

Falando musicalmente...


Sei lá,o que te dá, não quer meu calor. São Jorge, por favor, me empresta o dragão. Mais fácil aprender japonês em braile do que você decidir se dá ou não... 

(Se - Djavan)

Milton Nascimento - Coração Civil

A videoteca Melodias da Alma traz para você "a voz de Deus", Milton Nascimento. Durante o festival "Ser MINAS tão GERAIS", realizado em 2011, a musica Coração Civil, do Milton, foi interpretada de uma maneira mágica e emocionante. Neste musical, alem do mestre Milton Nascimento, houve ainda a participação do coral "os meninos de araçuai" junto ao Grupo de Teatro Ponto de Partida foi um brilho a parte.



terça-feira, 11 de novembro de 2014

A orquestra sinfônica de Deus...




No verão quando o sol se descortina 
Se escuta o zumbido das abelhas 
O balir melancólico das ovelhas 
O dueto dos pássaros na matina 
O bonito alazão sacode a crina 
O vaqueiro abolando chama a rês 
Os canções gritam todos de uma vez 
Acusando a presença da serpente 
Num concerto de música diferente 
E da orquestra sinfônica que Deus fez. 

(Poeta Repentista -Ivanildo Vilanova)

Falando musicalmente...


"Canta, canta passarinho, canta, canta miudinho, na palma da minha mão. Quero ver você voando, quero ouvir você cantando, quero paz no coração. Quero ver você voando, quero ouvir você cantando, na palma da minha mão." 

(Canta Coração - Geraldo Azevedo)

Alceu Valença, Lucy Alves e Paulinho Rafael - Tesoura do Desejo

A Videoteca Melodias da Alma traz para você um espetáculo musical com a união de gerações da MPB. Neste vídeo, três gerações de talentos da Musica Popular Brasileira: Alceu valença, Lucy Alves do Clã Brasil e o instrumentista Paulinho Rafael, tocam divinamente na Igrejinha de Valença do Minho, Portugal, e de forma magnífica interpretam a música "Tesoura do Desejo", de Alceu Valença. Um espetáculo divino-musical de harmonia e voz, vale apena conferir!


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Os estragos da seca no sertão...



Andar mais no sertão ninguém suporta 
Que só vê o agave virar bucha 
As abelhas peitando em rosa murcha 
Sertanejo pisando em planta morta 
Onde a água é vendida porta a porta 
Já se paga um real pelo galão 
Doí na alma comprar a prestação 
Uma lagrima que o céu não quer chorar 
Só Jesus tem poder pra consertar 
Os estragos da seca do sertão. 

(Poeta - João Paraibano)

Falando musicalmente...



"Vou andar, vou voar pra ver o mundo, nem que eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo..."

(Seduzir - Djavan)

Paulinho da Viola e Clara Nunes - Musical Fantástico

Em 1976 Paulinho da Viola e Clara Nunes se encontraram em um musical para dominical da Rede Globo, o Fantástico, exibido em março deste ano. No auge de suas carreiras, os dois combinaram seus sucessos, que já eram muitos em um pot-pourri exclusivo com "Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida", "O Mar Serenou", "Argumento", "Tristeza Pé no Chão", "Pecado Capital", "Menino Deus", "Guardei Minha Viola" e "Conto de Areia". Um verdadeiro resgate do samba de melodias e letras belíssimas um encontro antológico que a Videoteca Melodias da Alva trás para você.