sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mazinho Viana e Regina Casa Forte - Metade de dez

 

A LerMais Editora, com sede de cultura, lançou, em 2011, o CD "Metade de Dez". O CD é uma coprodução entre o poeta mossoroense Antônio Francisco e os músicos, também mossoroenses, Mazinho Viana e Regina Casa Forte. Neste maravilhoso disco é possível encontrar poemas de Antônio recitados e cantados. 

Uma obra como esta não pode passar em branco, então o Balaio Musical do BMG, com muito prazer, traz para todos os leitores apreciadores da boa música a originalidade, cheia de crítica e sutileza, dos poemas de Antônio Francisco e a musicalidade de Mazinho Viana e Regina Casa Forte.

Entre as músicas que escolhemos para divulgar aqui estão:

1 - Urubu com Avião - (Letra: Antônio Francisco/Música: Mazinho e Deoclécio)
2 - Filhos da Rua - (Letra: Antônio Francisco e Evandro Cunha/Música: Mazinho)
3 - Metade de Dez  - (Letra: Antônio Francisco/ Música: Mazinho)
 




quinta-feira, 23 de julho de 2015

O assassino na cela...



O assassino na cela 
Medida sem paciência 
Arrependido da hora 
Que praticou violência 
Espera o perdão sublime 
Sentindo o peso do crime 
Martelando a consciência. 

(Poeta - Sebastião Dias)

Falando musicalmente...



Pavão misterioso, nessa cauda aberta em leque, me guarda moleque de eterno brincar. Me poupa do vexame de morrer tão moço, muita coisa ainda quero olhar...

(Ednardo - Pavão Misterioso)

Gilberto Gil - Meio de campo

Mestre em aperfeiçoar o imperfeito, defensor da liberdade e proclamado inimigo da escravidão, Gilberto Gil prestou nesta canção, "Meio de Campo", justa homenagem ao ex-jogador Afonsinho. Desde de 2001, os jogadores profissionais de futebol não estão mais acorrentados aos seus clubes pela Lei do Passe e devem isso ao ex-meia do Botafogo e hoje médico, Afonso Celso Garcia Reis, o Afonsinho. Assim como Gil, Afonsinho tinha convicções libertárias e foi o primeiro jogador profissional a conseguir, na Justiça, o passe livre. É verdade que os jogadores não estão mais presos aos seus clubes, mas, em alguns casos, ainda são explorados por empresários gananciosos, mas o poeta alerta, era necessário desprezar a perfeição. 

Tudo começou no final dos anos sessenta, quando Afonsinho, dando um tempo do barbeiro, cultivou bela barba e cabelo, desprezando a perfeição estética adequada à conduta de bom moço e meio-campista, exigida pelo então treinador do Botafogo, Mário Jorge Lobo Zagallo. Que o Velho Lobo nunca foi Pelé nem nada não é novidade para ninguém, mas o fato é que o treinador proibiu a entrada de Afonsinho no clube, ou, pelo menos, de sua barba e vasta cabeleira. Acorrentado, ofendido em sua dignidade, Afonsinho conseguiu na Justiça o direito de manter a barba e continuar jogando futebol, obtendo o passe livre. Era o início do fim da escravidão no futebol. Hoje, com pouco cabelo, quase esquecido e ainda barbudo, Afonsinho pode se considerar um vitorioso em sua luta abolicionista, mas carrega a certeza de ter feito pelo futebol tanto quanto um Pelé ou um Tostão. Este foi, sem dúvida, o gol mais importante de sua carreira. E olha que fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão. Assim, Gil com seu violão acompanhado por Mestrinho do Acordeon, seu filho Bem Gil no contra baixo e Domênico na bateria fazem um verdadeiro show de harmonia e brilhantismo. 



sábado, 18 de julho de 2015

Na BR da vida estou sozinho...



Mote: Na BR da vida estou sozinho 
Trafegando com a carga da saudade. 

Dirigindo a carreta do destino 
Perdi noites de sono na rodagem 
Sei do dia que fiz essa viagem 
Só não sei qual a data que termino 
No calor do verão do sol ao pino 
Sei que a vida já tá pela metade 
Viajei pra buscar felicidade 
Mas só vi sofrimento no caminho 
Na BR da vida estou sozinho 
Trafegando com a carga da saudade. 

(Poeta - Welton Melo)

Falando musicalmente...

 

Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito. Exijo respeito, não sou mais um sonhador! Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor... Mentira!

(Samba do Grande Amor - Chico Buarque de Holanda)

Petrúcio Amorim - Filho do dono

Petrúcio Antônio de Amorim nasceu em Caruaru-PE, no bairro do Vassoural. Intuitivamente, aos nove anos de idade juntava sons e palavras e fazia suas primeiras canções. Com doze anos já sonhava tocar suas músicas nas emissoras locais. A devoção musical veio mesmo quando começou a participar dos festivais estudantis. Em 1979 participou do 2º Encontro Latino Americano de Folclore, realizado na Sala de Cultura Luiza Maciel, em Caruaru. Petrúcio concorreu com três músicas, com as quais vence o festival. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga. 

Ao longo de sua carreira, Petrúcio Amorim colecionou vários sucessos, dentre eles: Confidências, Devagar, Lembranças, Anjo querubim, Estrela cadente, Senão eu choro, Meu ex-amor, Foi bom te amar, Menino de rua, Não chora não chora não, Nem olhou pra mim, Cidade grande, Tareco e mariola, Filho do dono, Meu cenário, Chorar pra quê, Meninos do Sertão, Dois rubis, Quando o coração quer. Nesse vídeo, ele nos conta como compôs a grande obra composta "Filho do Dono", onde retrata a saga e a realidade do Brasil e, principalmente, do povo nordestino! 


segunda-feira, 13 de julho de 2015

A distância entre mim e a iguana




Não é discurso religioso, não é sermão de blogue, não é um texto de autoajuda. Mas venho refletindo sobre a distância do eu em relação a outrem. Isso muda tudo, isso muda muito. Relações, sentimentos, desejos, tudo muda em relação a essa distância. Há aquele velho ditado que diz: "o que os olhos não veem, o coração não sente". Pois bem, é aí mesmo onde quero chegar. 

Para que meus olhos não vejam, para que meu coração não sinta, uma certa distância é necessária. Essa distância é fator anulador sobre qualquer sentimento. Por essa razão, talvez seja tão difícil entender a situação de quem não conheço. Por isso, também, talvez não seja fácil se colocar no lugar do outro - já que é preciso manter a distância, blindar-se. 

Certa vez, estava indo para o trabalho e observei uma iguana atravessando a pista. Essa pista se situa numa região de mata nativa, habitat de muitos animais silvestres. Aquela iguana não tinha invadido a pista, esta que teria invadido o habitat natural daquela iguana. Naquele momento, fiquei com medo que ela não conseguisse chegar ao outro lado. Segui em frente. Pensei muito sobre aquela iguana. Teria ela conseguido atravessar a pista? Não! Na volta para casa, observei o local e lá estava ela, atropelada. 

Quem se importa com aquela iguana? Muito provavelmente nem mesmo o motorista que a atropelou. Haveria uma distância de todos em relação a ela. Mas não houve uma distância entre mim e ela. Compadeci-me. Ela foi totalmente injustiçada! 

Que encurtem as distância para que os olhos vejam e o coração sinta. Assim, a empatia será maior, a verdade será compreendida e muitas coisas ajustadas.

domingo, 5 de julho de 2015

E a vassoura do vento varre o céu pra o sol nascer...



Mote: E a vassoura do vento
varre o céu pra o sol nascer... 

Das quatro e meia em diante, 
sinto de Deus o poder, 
um sopro espatifa as nuvens 
para o dia amanhecer, 
Deus enfeita o firmamento 
E a vassoura do vento 
Varre o céu pra o sol nascer. 

(Poeta - Sebastião Dias)

Falando musicalmente...

 

Eu queria ter na vida, simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra colher; ter uma casinha branca de varanda; um quintal e uma janela, só pra ver o sol nascer...

(Casinha Branca - Gilson campos)

Vanessa da Mata e Chico César - A força que nunca seca

A Musica Popular Brasileira sempre nos surpreende e nos presenteia com momentos magníficos, cheios de sutileza, leveza e doçura. Neste encontro, temos o canto harmonioso e envolvente de Vanessa da Mata junto ao canto aboidor do grande artista nordestino do solo Paraibano Chico Cesar. Eis uma interpretação de uma composição deles próprios: "A Força que nunca seca". Uma preciosidade que nos transporta para o mundo do mistério e da fantasia.