sábado, 29 de agosto de 2015

Uma saudade infestada...



Uma saudade infestada 
 toda a vida sempre tive 
que não sei como se vive 
sem ter saudade de nada. 
Até mesmo um camarada 
quando faz uma partida 
nos deixa por despedida 
uma saudade encravada. 
Não ter saudade de nada 
É não ter nada na vida. 

(Poeta - Manoel Filó)

Falando musicalmente...


Vida é fazer todo sonho brilhar, ser feliz. No teu colo, dormir e depois acordar sendo seu colorido brinquedo de papel machê.

(João Bosco)

Serginho Meriti - Vida que segue

Serginho Meriti, nome artístico de Sérgio Roberto Serafim, (Rio de Janeiro, c. 1959) é um cantor e compositor brasileiro. Nascido no bairro de Madureira, foi criado na cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, por um pai gaúcho violonista e mãe cantora e compositora de hinos religiosos. Fez diversas parcerias com importantes nomes do samba, como Alcione, Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija-Flor, Arlindo Cruz. 

Em 1984 gravou o disco "Bem natural", lançado pela gravadora PolyGram no ano de 1986, Zeca Pagodinho interpretou um grande sucesso de sua autoria, "Quando eu contar - Iaiá" (c/ Beto Sem Braço). Neste mesmo ano, Almir Guineto gravou "Quem me guia" (c/ Beto Sem Braço) e Dominguinhos do Estácio no LP "Bom ambiente", incluiu de sua autoria "Dura prova" em parceria com Beto Sem Braço e Aloísio Machado. No ano seguinte, em 1987, o cantor Roberto Ribeiro no LP "Sorri Pra Vida", pela gravadora Emi/Odeon, interpretou "Onde existe flor" (c/ Guará da Empresa) e Alcione gravou de sua autoria "Cada um na sua". Neste mesmo ano o grupo Exporta Samba gravou "Daltônico Varela" (c/ Beto Sem Braço) no LP "Valeu a experiência". 

Aqui neste vídeo, no programa ENSAIO, apresentado pelo grande Fernando Faro da TV Cultura, Serginho  Meriti, companheiro imseparavel do grande compositor Beto sem Braço, com seu grupo afinadissimo na cadência do samba de raiz interpreta com grande maestria "Vida que Segue", uma letra que retrata a vida difícil na favela, onde busca o sonho da auto estima ou quem sabe da utopia para realidade... simplesmente espetacular!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O erro




Foi sem querer, afinal, penso – ou quero pensar – que todo erro não foi de propósito. Agora estou aqui, eu e esse papel em branco, ou quase em branco, numa conversa de prestação de contas. É que eu decido escrever quando a vontade é cega, quando quero chutar o balde, quando existem sentimentos e os indispensáveis momentos. Voltando à história do erro, Judas traiu Jesus. Traiu? Não sei, até hoje é o que falam por aí. E Pilatos? Pobre homem que devia andar com seu juízo nas mãos, quando se mostrou indiferente. Esses dois são exemplos de erros que entraram para a história, mas que não fizeram ninguém parar de errar. 

Talvez eu queira me sustentar na história para justificar meu equívoco, meu não-pensar. Talvez eu queira me distrair ou, até mesmo, fugir de mim. Outro dia eu me peguei pensando sobre quantas vezes eu já jurei para mim mesmo que tomaria o maior cuidado para nunca mais errar e… foram tantas as vezes, todas em vão. Continuei na minha sina de ser equivocado e que, na impossibilidade de mudar o passado, encontro-me num presente banhado a arrependimento.

Essa é a parte horrível. O arrependimento é a pior batalha. Nela você luta contra o tempo, e já entra sabendo que perdeu. Isso mesmo! Você, mesmo derrotado, tem que entrar ali só para apanhar. Depois da surra, só nos resta olhar adiante; num horizonte belo, enxergar a aurora linda da vida e tentar não mais errar mesmo sabendo que isso não irá acontecer. Mas, ao tentar, diminuem os frequentes erros, diminuem as mágoas e consequências.

Bem, no pós-erro, resta-nos torcer e trabalhar pelo reestabelecimento da harmonização dos seres e ambientes envolvidos, porque o erro quebra uma corrente normal. É ele o responsável pela anormalidade. A gravidade aumenta e você carrega o universo inteiro sobre os próprios ombros. Mas o peso nos fortalece e nos muda. Nem tudo é só bom; nem tudo é só ruim. O equilíbrio sempre tende a se estabelecer novamente, é uma força natural. Estou convencido de que se errar é humano, consertar o erro é super-humano, por isso vamos tentar sempre.

Parafraseando o sábio galileu, digo: atire a primeira pedra aquele que nunca errou! E, se atirar, cuidado, você pode errar!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O livro



Rota da sabedoria 
Luz que das trevas me isenta 
Bússula que me orienta 
GPS que me guia 
Que Deus abençoe o dia 
E a hora que eu encontrei 
Da sabedoria o rei 
Meu mestre em qualquer assunto 
Respondendo o que eu pergunto 
Ensinando o que eu não sei. 

(Poeta - Geraldo Amancio)

Falando musicalmente...



Pede a ela pra ligar pra mim, que a saudade tá batendo tá ruim... Pede a ela pra ligar pra mim, já não posso mais viver assim... 

(Pede a ela - Tim Maia)

Zé Rodrix e Jazz Big Band - Casa no campo

Zé Rodrix, nome artístico de José Rodrigues Trindade, (Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1947 — São Paulo, 22 de maio de 2009) foi um compositor, multi-instrumentista, cantor, publicitário e escritor brasileiro. Ainda sob o nome Zé Rodrigues, iniciou sua carreira musical no ensino médio, integrando, com colegas do Colégio de Aplicação da UFRJ David Tygel, Maurício Maestro (sob o nome Maurício Mendonça) e Ricardo Villas (sob o nome Ricardo Sá), o grupo vocal Momentoquatro. Com esta formação, o grupo acompanhou Marília Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo na apresentação de "Ponteio", vencedor do Festival da Record em 1967, além de ter gravado um compacto duplo e um LP pela gravadora Phillips. Estudou no Conservatório Brasileiro de Música, desenvolvendo a característica da multi-instrumentalidade: tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete. 

Em dezembro de 2008, Zé Rodrix lança um single ao lado de Sá e Guarabyra, chamado Amanhece um outro dia. A canção foi tema de abertura da novela Revelação, exibida pelo SBT. Zé Rodrix morreu às 00:45 do dia 22 de maio de 2009, após sentir-se mal e ser levado ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, cidade onde residia. Nesse video, com Tavito companheiro de composições em festivais, ele revela como essa musica foi gravada por Elis Regina. Uma relíquia da Música Brasileira, um momento ímpar, uma energia de humanidade repassada em tom divinal. 



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Nordestino, poeta e cantador



Já nasci inspirado no ponteio 
dos bordões da viola nordestina 
vendo as serras banhadas de neblina 
com uma luz imprensada pelo meio
mãe fazendo oração de mão no seio 
e uma rede ferindo um armador 
minha boca pagã cheirando a flor 
deslizando no bico do seu peito 
obrigado meu DEUS por ter me feito 
nordestino, poeta e cantador. 

(Poeta - João Paraibano)

Falando musicalmente...


Quando o sono vem e a noite morre, o dia conta histórias sempre iguais, mas não tem nada, não, tenho o meu violão... 

(Cotidiano nº 2 - Vinicius de Moraes)

Seu Jorge - Brasis

Seu Jorge, nome artístico de Jorge Mário da Silva (Belford Roxo, 8 de junho de 1970) é um ator, cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro de MPB, de samba e soul. Primogênito de quatro filhos (os outros são Charles, Vitório e Rogério), Seu Jorge teve uma infância dura mas tranquila no bairro Gogó da Ema, em Belford Roxo. Começou a trabalhar com dez anos de idade em uma borracharia, primeira de várias ocupações como contínuo, marceneiro e descascador de batatas em um bar. Serviu ao Exército Brasileiro em 1989-1990, no Rio de Janeiro, no Depósito Central de Armamento - DCArmt, fez curso de corneteiro militar no 2º Batalhão de Infantaria Motorizado Escola (Regimento AVAÍ), mas não se adaptou à vida militar, sendo licenciado em janeiro de 1990.

Participou da formação da banda Farofa Carioca, que lançou seu primeiro CD em 1998 com uma mistura dos ritmos negros de várias partes do mundo, como samba, reggae, jongo, funk e rap. A partir daí, Seu Jorge tem sua carreira engrenada e passa a participar de vários projetos, como um disco de tributo a Tim Maia e a participação em estúdio e na turnê da banda brasileira Planet Hemp, em 2000. Neste vídeo, ele interpreta BRASIS, uma musica plena de crítica social, onde sua voz com um timbre inconfundivel abrilhanta cada vez mais a melodia. É um verdadeiro recheio de boa música para os bons ouvidos.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

No aperto de mão da despedida...



Mote: 
Explodiu uma bomba de saudade 
no aperto de mão da despedida! 

Eu que sempre julguei-me um homem forte 
Por não ser de mentir nem estar fingindo 
Quando disse pra ela, estou partindo 
Vou levando a tristeza de suporte 
Ela disse baixinho, boa sorte 
Esta frase por mim foi devolvida 
A saudade entre nós foi dividida 
Cada qual carregou uma metade 
Explodiu uma bomba de saudade 
No aperto de mão da despedida. 

(Poeta - Diomedes Mariano)

Falando musicalmente...




Você é a saudade que eu gosto de ter, só assim sinto você bem perto de mim outra vez... 
(Letra: Isolda - Intérprete: Roberto Carlos)

Gal Costa & Zeca Baleiro - Vapor barato

Em 2011, a consagrada cantora Gal Costa, na gravação do seu belíssimo DVD, convida o ainda desconhecido da mídia Zeca Baleiro para fazer uma participação, a qual que ficou marcado para sempre na Musica popular Brasileira. Em dueto, eles cantam Vapor Barato de autoria de Jardes Macalé e Flor da pele autoria do próprio Zeca Baleiro. Enfim, foi mais que musica, mais que voz, mais que arranjo, mais que dupla... Puro sentimento nesse momento ímpar da verdadeira interpretação, que nos faz ficar realmente à flor da pele!



sábado, 1 de agosto de 2015

Cantando sempre vivi...



Cantando sempre vivi 
O cantar me dá prazer 
Cantando hei de morrer 
Porque chorando nasci 
Chorando sempre perdí 
Quero cantar até quando 
Deus quiser sempre sonhando 
Sem gemer e sem chorar 
Cantando hei de encontrar 
Tudo que perdi chorando. 

(Poeta - José Alves Sobrinho)

Falando musicalmente...



Mas eu tenho meu espelho cristalino, que uma baiana me mandou de Maceió. Ele tem uma luz que alumia ao meio dia clareia a luz do sol... 

(Espelho Cristalino - Alceu Valença)

Retalhos de cetim - Benito dI Paula

Uday Veloso ganhou fama nacional com o pseudônimo de Benito di Paula. Nascido em 1941, em Nova Friburgo, RJ, é um dos grandes nomes da canção nacional dos anos 70. Foi crooner de boates do Rio de Janeiro, e depois continuou tocando na noite paulistana. Iniciou carreira pela gravadora Copacabana no início dos anos 70. Seu estilo musical é conhecido como"samba jóia", ao combinar o samba tradicional com piano e arranjos românticos e jazzisticos. Seu primeiro disco "Benito Di Paula" de 1971, foi censurado por trazer a música "Apesar de Você" de Chico Buarque. 

Teve inúmeros sucessos ao longo de sua carreira como "Retalhos de Cetim", "Charlie Brown", "Vai Ficar Na Saudade", "Se Não For Amor", "Amigo do Sol, Amigo da Lua", "Mulher Brasileira". Chegou nos anos 70, a disputar a venda de LPs juntamente com Roberto Carlos. Após 10 anos sem gravar, Benito di Paula lançou, em 2009, pela EMI Music seu segundo CD e primeiro DVD ao vivo, gravado no Vivo Rio, e que traz seus maiores sucessos, como Retalhos de Cetim, Sanfona Branca e Charlie Brown. Neste vídeo, ele interpreta com elegância e maestria a fabulosa "Retalhos de Cetim", com o coral inteiro da plateia muito lindo e emocionante uma relíquia da Musica Popular Brasileira.