Chico Buarque de Holanda (1944-) é músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Revelou-se ao público quando ganhou com a música "A Banda", interpretada por Nara Leão, o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Chico logo conquistou reconhecimento de críticos e público. Fez parceria com compositores e interpretes de grande destaque, entre eles, Vinícios de Morais, Tom Jobim, Toquinho, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime. Teve várias músicas censuradas e ameaçado pelo regime militar, se exilou na Itália em 1969. Suas can&ccedi l;ões denunciavam aspectos sociais e culturais da época. Sua volta ao Brasil em 1970, foi comemorada com manifestações de amigos e admiradores. Chico foi casado com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Silvia, Helena e Luíza. Seus últimos romances publicados foram: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite Derramado (2009).
Francisco Buarque de Holanda (1944-) mais conhecido como Chico Buarque de Holanda, nasceu no Rio de janeiro, é filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Em 1946 a família muda-se para São Paulo, onde seu pai é nomeado diretor do Museu do Ipiranga. Em 1953, Chico e a família vão morar na Itália, onde Sérgio Buarque vai dar aulas na Universidade de Roma. De volta a São Paulo, Chico já mostrando interesse pela música, compõe "Umas Operetas" que cantava com as irmãs . A música fazia parte do seu dia a dia, ouvia músicas de Noel Rosas e Ataúlfo Alves. Recebeu grande influência musical de João Gilberto.
Em 1963 Chico Buarque ingressa no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde participa de movimentos estudantis. Nesse mesmo ano participa do musical Balanço do Orfeu com a música "Tem mais Samba", que segundo ele, foi o ponto de partida para sua carreira. Participa também do show Primeira Audição, no Colégio Rio Branco, com a "Marcha Para um Dia de Sol".
Chico Buarque apresenta-se, em 1964, no programa Fino da Bossa, comandado pela cantora Elis Regina. Chico logo conquistou o reconhecimento do público. No ano seguinte lança seu primeiro disco compacto com as músicas "Pedro Pedreiro" e "Sonho de um Carnaval". Faz também as músicas para o poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto, que ao ser apresentada no IV Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, ganha o prêmio de crítica e público.
Em 1966 sua música "A Banda", cantada por Nara Leão, vence o Festival de Música Popular Brasileira". Nesse mesmo ano sai o seu primeiro LP "Chico Buarque de Holanda". Suas primeiras canções, como "Pedro pedreiro", impregnadas de preocupações sociais, foram seguidas de composições líricas como "Olê, olá", "Carolina" e "A Banda". Ainda nesse ano Chico casa-se com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Silvia, Helena e Luíza.
Chico Buarque muda-se para o Rio de Janeiro em 1967, e lança seu segundo LP "Chico Buarque de Holanda V.2". Nesse mesmo ano escreve a peça "Roda Viva". Faz parceria com Tom Jobim e vencem com a música "Sabiá", o Festival Internacional da Canção, em 1968.
Em 1969 Chico participa da passeata dos cem mil, contra a repressão do regime militar. Nesse mesmo ano vai exilado para a Itália, só retornando em 1970. Na Itália assina um contrato com a gravadora Philips, para produção de mais um disco. Sua música "Apesar de Você" vende cerca de 100 mil cópias, mas é censurada e recolhida das lojas.
Depois do show no Teatro Castro Alves em 1972, com Caetano Veloso e o do Canecão, com Maria Betânia, em 1975, Chico passa um longo período sem se apresentar, mas continua produzindo. Escreve a peça Gota d'água, em parceria com Paulo Pontes, o que lhe valeu o prêmio Molière. Escreve a música "Vai trabalhar vagabundo", para o filme do mesmo nome e a música "O que será", escrita para o filme "Dona flor e seus dois maridos". Nesse vídeo ele interpreta o seu grande clássico " Construção" uma verdadeira obra prima!
Nascido em Rodeiro, na Zona da Mata mineira, e criado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, o cantor e compositor Zé Geraldo caiu na estrada cedo. Com 18 anos foi estudar e trabalhar em São Paulo, ainda com o sonho de se tornar jogador de futebol. Mas, um acidente automobilístico mudou o rumo de sua história e, com pouco mais de 20 anos, suas jogadas foram transformadas em versos e canções.
Por cerca de oito anos a vida do artista foi dividida entre os estudos, o trabalho e os palcos dos bailes da periferia paulistana nos finais de semana. ZeGê, como era conhecido nos anos 70, lançou três compactos e um LP pela gravadora Rozemblitt. Mas, o rótulo romântico de ZeGê não satisfazia sua alma de artista, desprovida de rótulos.
Entre 75 e 78 participou e foi premiado em inúmeros Festivais até gravar, em 1979, seu primeiro disco como Zé Geraldo, “Terceiro Mundo” (CBS). Ainda pela CBS lançou “Estradas” (80) e “Zé Geraldo” (81). Canções como “Cidadão”, “Como diria Dylan” e “Senhorita”, indispensáveis no repertório de seus shows, fazem parte desta primeira safra de gravações, assim como "Rio Doce", com a qual Zé Geraldo participou do Festival MPB-Shell de 1980, e "Milho aos Pombos", que tornou o artista conhecido em todo o Brasil no mesmo festival promovido pela Rede Globo, em 1981.
Duas de suas músicas foram temas de novelas da Rede Globo: "Semente de Tudo" (Livre para Voar) e "São Sebastião do Rodeiro" (Paraíso).
Com mais de 30 anos de carreira, Zé Geraldo tem 16 discos lançados, fora coletâneas e compactos. Com o Duofel lançou o CD “Acústico” (1996/Paradoxx) e com o amigo de muitos anos, Renato Teixeira, gravou “O Novo Amanhece” (2000/Kuarup). Seu 14º CD, “Tô Zerado”, foi relançado em 2004, pelo Sol do Meio Dia.
O primeiro DVD de Zé Geraldo, “Um Pé no Mato – Um Pé no Rock” foi lançado em junho de 2006. Gravado ao vivo em 2005, no Teatro do SESC Pompéia, em São Paulo, também saiu em CD. No ano de 2007, recebeu o título de cidadão de Governador Valadares e a música Rio doce foi oficializada o hino da cidade, de acordo com decisão da Câmara Municipal.
Zé Geraldo já se apresentou algumas vezes nos Estados Unidos e Canadá, onde foi bem recebido por brasileiros e latinos. No Brasil, seus versos são cantados em uníssono por um público fiel, que acompanha seus shows em Teatros, Feiras, Exposições e Ginásios. Como diria seu amigo, o cantor e compositor Guarabyra, “A sua voz ecoa nos rodeios e nas universidades fazendo sonhar, fazendo sorrir e dançar. Sem preconceito... É o inacreditável mundo de Zé Geraldo. Um brasileiro e tanto”. uma prova disso são esses dois vídeos que ele interpreta" Milho aos Pombos e Cidadão". Veja e sinta que maneira sutil de nos mandar uma mensagem social cantada que é até muito triste, mas que, infelizmente, é muito real!
A videoteca Melodias da Alma relembra os grande momentos vividos pelas composições e interpretações antológicas da música nordestina. O trio de artistas intitulado "PESSOAL DO CEARÁ", composto por Ednardo, Amelinha e Belchior, faz um especial para o Som Brasil da Rede globo. O show foi realizado em 1994, no Parque do Cocó, na grande Fortaleza. Neste vídeo, como numa especie de volta ao passado, um publico de 15 mil pessoas vai ao delírio e canta junto a musica "TERRAL", composta por Ednardo, nos orgulhando de termos esses imortais nordestino que revolucionaram a Musica popular Brasileira com suas letras e melodias cantando seu povo, sua cultura, suas dores e seus lamentos! Um momento ímpar nos levando a dizer também que somos: "a nata do lixo, o luxo da aldeia, somos da América"!
Eis um grande artista de nome Uday Veloso, que compôs uma música especialmente para "Luiz Gonzaga". Uday é um fluminense nascido em Nova Friburgo, em 30/11/1941, tendo completado 70 anos no final de 2011. Conhecido nacionalmente e internacionalmente por Benito de Paula, disse no programa Ensaio do Fernando Faro a seguinte declaração: “Luiz Gonzaga é uma coisa que está dentro de mim desde que nasci. Eu fico até com pena desse pessoal que trabalha com cultura e arte e não fala dele, não toca nada dele... São infelizes”. Emocionado, Benito cantou uma canção que compôs para Gonzagão chamada “Sanfona Branca” e ainda interpretou um trecho da composição feita por Luiz Gonzaga em resposta a essa homenagem: “Chapéu de Couro e Gratidão”, além da clássica Asa Branca. E foi justamente em 1975 que Benito di Paula compôs e gravou a canção-homenagem que mais emocionou Luiz Gonzaga: Sanfona Branca. Aqui nesse vídeo, na gravação do seu DVD em 2011, ele se emociona mais uma vez e interpreta com maestria, com a alma e coração. "É festa, é povo, Luiz alegria, Luiz Gonzaga é poesia!”.
Arrepare não, mas enquanto engoma a calça eu vou lhe contar uma história bem curtinha fácil de cantar. Porque cantar parece
com não morrer, é igual a não esquecer que a vida aqui tem razão...
Em outubro de 1996, esses quatro nordestinos (Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho), considerados como monstros sagrados da Musica Popular Brasileira, lançaram um álbum: "O Grande Encontro", musical que se transformou em show com sucesso pelo Brasil.
Neste vídeo, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo acompanham Elba Ramalho em uma interpretação fabulosa da canção "Você Se Lembra", composição do próprio Geraldo em parceria com Fausto Nilo e Pippo Spera. Uma grandeza de harmonia, solo, cadência e sutileza nos levando ao imaginário de ter visto um anjo azul... Pura emoção!
Esse Carioca é cantor, compositor, produtor artístico, entre outras facetas artísticas. Marcos Assumpção viu sua carreira começando a se desenhar em 1995, quando conheceu o crítico e pesquisador musical Ricardo Cravo Albim. Logo se tornaram amigos, então Ricardo convidou Marcos para participar de seu programa na Rádio MEC, no Rio de Janeiro. A partir daí, incentivado pelo próprio Cravo Albim, teve seu primeiro trabalho montado e produzido – o show “Clave de Luz“. Assumpção teve então seu talento reconhecido e foi aclamado pela crítica como “A Nova Revelação da MPB”, ao participar ao lado de Raimundo Fagner do projeto “Novo Canto”, da Rádio JBFM do Rio de Janeiro, em novembro de 1998. O show foi Recorde de bilheteria. Convidados, repetiram o show em São Paulo, no SESC Ipiranga. Novamente, recorde de bilheteria em março de 1999, onde Marcos lançou seu primeiro CD. A amizade entre os dois dura até hoje. Sozinho com seu violão ou em formações pocket, Marcos viaja por cidades do interior com seu show intitulado “Sala de Estar” atrás de sua música. Afinal, Milton Nascimento já escreveu que um artista deve ir aonde o povo está. E essa Sala de Estar está pronta para continuar viajando e acontecendo por aí. Sempre que a música o convida, ele entra com seu violão e faz acontecer o show. Aqui no programa Sr. Brasil ele interpreta a musica “Roda Viva” do seu amigo Chico Buarque com a participação do Milton Mori no bandolim. Uma relíquia, um momento impar, como diz o próprio Boldrin: "Tirando o Brasil da Gaveta”
Nando Cordel, nome artístico de Fernando Manoel Correia nascido em Ipojuca, 13 de dezembro de 1953 é um cantor, compositor e instrumentista brasileiro. Tem suas canções gravadas por grandes figuras da música popular brasileira, como Elba Ramalho, que transformou em sucesso sua primeira parceria com Dominguinhos: De Volta pro Aconchego.
Sua fama como compositor é bem maior do que como intérprete. Já teve músicas gravadas por Chico Buarque, Zizi Possi,Fagner, Maria Bethânia, Fábio Jr, Martinho da Vila, Fafá de Belém, Ivete Sangalo e outros. Alguns de seus sucessos são Isso Aqui Tá Bom Demais, com Dominguinhos, Hoje é Dia de Folia, interpretada por Xuxa, e Gostoso Demais. Como intérprete, já lançou cerca de 25 discos e uma coleção de 12 cds dedicados a músicas para meditação e relaxamento. Segundo ele, essas músicas são um encontro com a paz, a serenidade e a meditação. Com títulos que definem muito bem o que se vai ouvir, a coleção para meditação é composta por músicas instrumentais: Doces Canções, Doce Harmonia, Doce Paz, Doce Luz, Doce Natureza, Dedicado às Flores, Dedicado a Vida, Dedicado à Beleza, Dedicado à Voz e Iluminando a Alma. Filho de um comerciante que também era poeta e repentista, Seu Manoel do Posto, e de uma dona de casa, Dona Nata, Nando é o mais velho de 14 irmãos. O sobrenome Cordel surgiu a partir de uma brincadeira entre os sobrenomes. Mas também é uma homenagem a um tipo de arte popular. A chamada literatura de cordel que veio da Europa, se instalou rapidamente e é patrimônio cultural do nordeste brasileiro.
Com trabalhos centrados na cultura musical pernambucana e nordestina, como forrós e xotes, , o artista sofre ainda grande influência de outros ritmos, como a salsa e reggae. Nando Cordel compõe para diferentes estilos e gerações de intérpretes. Por conta disso, as composições dele são bem diversificadas, como as românticas, dançantes e até infantis. O primeiro violão, aos 15 anos, foi o pontapé inicial para a carreira artística. Nando Cordel ganhou o instrumento do pai e aprendeu a tocar sozinho. Com 17 anos, já fazia parte de uma banda de baile. Foi assim que começaram as apresentações profissionais.
Foi nessa época que sentiu necessidade de criar um estilo próprio e passou a compor. De lá pra cá, assinou centenas de composições e teve mais de 500 músicas gravadas por grandes artistas. Em algumas dessas composições contou com a ajuda de importantes parceiros, como Elba Ramalho e Dominguinhos.
Nesse vídeo, ele interpreta com simplicidade a sua imortal composição feita com Dominguinhos: "De volta por meu aconchego". Uma harmonia serena, doce, cativante e com uma força enorme que nós faz encher o peito e cantar junto: "Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade...". Formidável!