quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A vida é um grande rio


A vida é um grande rio 
Correndo no pedregulho 
Cortando vale e entulho 
Com seu instinto bravio. 
Assim enfrento com brio 
A corrente dos meus planos 
E apesar dos desenganos 
Dos meus desejos medonhos 
Eu sigo empilhando sonhos 
Na prateleira dos anos. 

(Poeta - Hélio Crisanto)

Falando musicalmente...

                               
Queixo-me às rosas, mas que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti, ai... 

( As Rosas Não Falam - Cartola)

Chico Buarque - Construção

Chico Buarque de Holanda (1944-) é músico, dramaturgo e escritor brasileiro. Revelou-se ao público quando ganhou com a música "A Banda", interpretada por Nara Leão, o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Chico logo conquistou reconhecimento de críticos e público. Fez parceria com compositores e interpretes de grande destaque, entre eles, Vinícios de Morais, Tom Jobim, Toquinho, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime. Teve várias músicas censuradas e ameaçado pelo regime militar, se exilou na Itália em 1969. Suas can&ccedi l;ões denunciavam aspectos sociais e culturais da época. Sua volta ao Brasil em 1970, foi comemorada com manifestações de amigos e admiradores. Chico foi casado com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Silvia, Helena e Luíza. Seus últimos romances publicados foram: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite Derramado (2009). Francisco Buarque de Holanda (1944-) mais conhecido como Chico Buarque de Holanda, nasceu no Rio de janeiro, é filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Em 1946 a família muda-se para São Paulo, onde seu pai é nomeado diretor do Museu do Ipiranga. Em 1953, Chico e a família vão morar na Itália, onde Sérgio Buarque vai dar aulas na Universidade de Roma. De volta a São Paulo, Chico já mostrando interesse pela música, compõe "Umas Operetas" que cantava com as irmãs . A música fazia parte do seu dia a dia, ouvia músicas de Noel Rosas e Ataúlfo Alves. Recebeu grande influência musical de João Gilberto. Em 1963 Chico Buarque ingressa no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde participa de movimentos estudantis. Nesse mesmo ano participa do musical Balanço do Orfeu com a música "Tem mais Samba", que segundo ele, foi o ponto de partida para sua carreira. Participa também do show Primeira Audição, no Colégio Rio Branco, com a "Marcha Para um Dia de Sol".

 Chico Buarque apresenta-se, em 1964, no programa Fino da Bossa, comandado pela cantora Elis Regina. Chico logo conquistou o reconhecimento do público. No ano seguinte lança seu primeiro disco compacto com as músicas "Pedro Pedreiro" e "Sonho de um Carnaval". Faz também as músicas para o poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto, que ao ser apresentada no IV Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, ganha o prêmio de crítica e público.

Em 1966 sua música "A Banda", cantada por Nara Leão, vence o Festival de Música Popular Brasileira". Nesse mesmo ano sai o seu primeiro LP "Chico Buarque de Holanda". Suas primeiras canções, como "Pedro pedreiro", impregnadas de preocupações sociais, foram seguidas de composições líricas como "Olê, olá", "Carolina" e "A Banda". Ainda nesse ano Chico casa-se com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Silvia, Helena e Luíza. Chico Buarque muda-se para o Rio de Janeiro em 1967, e lança seu segundo LP "Chico Buarque de Holanda V.2". Nesse mesmo ano escreve a peça "Roda Viva". Faz parceria com Tom Jobim e vencem com a música "Sabiá", o Festival Internacional da Canção, em 1968.

Em 1969 Chico participa da passeata dos cem mil, contra a repressão do regime militar. Nesse mesmo ano vai exilado para a Itália, só retornando em 1970. Na Itália assina um contrato com a gravadora Philips, para produção de mais um disco. Sua música "Apesar de Você" vende cerca de 100 mil cópias, mas é censurada e recolhida das lojas.

Depois do show no Teatro Castro Alves em 1972, com Caetano Veloso e o do Canecão, com Maria Betânia, em 1975, Chico passa um longo período sem se apresentar, mas continua produzindo. Escreve a peça Gota d'água, em parceria com Paulo Pontes, o que lhe valeu o prêmio Molière. Escreve a música "Vai trabalhar vagabundo", para o filme do mesmo nome e a música "O que será", escrita para o filme "Dona flor e seus dois maridos". Nesse vídeo ele interpreta o seu grande clássico " Construção" uma verdadeira obra prima!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A lama do poder



Vejo homens movidos por ganância 
Na surdina, erguendo os seus impérios, 
Sem temerem a tantos impropérios, 
Não se fartam do dolo em abundância. 
Dedo em riste, munidos de arrogância 
Seu intento maior é se eleger, 
Pede as costas do pobre pra bater 
Fome e guerra nas ruas de propalam 
E esses porcos famintos se acasalam 
Chafurdando na lama do poder. 

(Poeta - Hélio Crisanto)

Falando musicalmente...


Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa. Mas você devia ter ponhado um recado na porta... 

(Samba do Arnesto - Adoniran Barbosa)

Zé Geraldo - Cidadão/Milho aos pombos

Nascido em Rodeiro, na Zona da Mata mineira, e criado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, o cantor e compositor Zé Geraldo caiu na estrada cedo. Com 18 anos foi estudar e trabalhar em São Paulo, ainda com o sonho de se tornar jogador de futebol. Mas, um acidente automobilístico mudou o rumo de sua história e, com pouco mais de 20 anos, suas jogadas foram transformadas em versos e canções. 

Por cerca de oito anos a vida do artista foi dividida entre os estudos, o trabalho e os palcos dos bailes da periferia paulistana nos finais de semana. ZeGê, como era conhecido nos anos 70, lançou três compactos e um LP pela gravadora Rozemblitt. Mas, o rótulo romântico de ZeGê não satisfazia sua alma de artista, desprovida de rótulos. 

Entre 75 e 78 participou e foi premiado em inúmeros Festivais até gravar, em 1979, seu primeiro disco como Zé Geraldo, “Terceiro Mundo” (CBS). Ainda pela CBS lançou “Estradas” (80) e “Zé Geraldo” (81). Canções como “Cidadão”, “Como diria Dylan” e “Senhorita”, indispensáveis no repertório de seus shows, fazem parte desta primeira safra de gravações, assim como "Rio Doce", com a qual Zé Geraldo participou do Festival MPB-Shell de 1980, e "Milho aos Pombos", que tornou o artista conhecido em todo o Brasil no mesmo festival promovido pela Rede Globo, em 1981. 

Duas de suas músicas foram temas de novelas da Rede Globo: "Semente de Tudo" (Livre para Voar) e "São Sebastião do Rodeiro" (Paraíso). 

Com mais de 30 anos de carreira, Zé Geraldo tem 16 discos lançados, fora coletâneas e compactos. Com o Duofel lançou o CD “Acústico” (1996/Paradoxx) e com o amigo de muitos anos, Renato Teixeira, gravou “O Novo Amanhece” (2000/Kuarup). Seu 14º CD, “Tô Zerado”, foi relançado em 2004, pelo Sol do Meio Dia. 

O primeiro DVD de Zé Geraldo, “Um Pé no Mato – Um Pé no Rock” foi lançado em junho de 2006. Gravado ao vivo em 2005, no Teatro do SESC Pompéia, em São Paulo, também saiu em CD. No ano de 2007, recebeu o título de cidadão de Governador Valadares e a música Rio doce foi oficializada o hino da cidade, de acordo com decisão da Câmara Municipal. 

Zé Geraldo já se apresentou algumas vezes nos Estados Unidos e Canadá, onde foi bem recebido por brasileiros e latinos. No Brasil, seus versos são cantados em uníssono por um público fiel, que acompanha seus shows em Teatros, Feiras, Exposições e Ginásios. Como diria seu amigo, o cantor e compositor Guarabyra, “A sua voz ecoa nos rodeios e nas universidades fazendo sonhar, fazendo sorrir e dançar. Sem preconceito... É o inacreditável mundo de Zé Geraldo. Um brasileiro e tanto”. uma prova disso são esses dois vídeos que ele interpreta" Milho aos Pombos e Cidadão". Veja e sinta que maneira sutil de nos mandar uma mensagem social cantada que é até muito triste, mas que, infelizmente, é muito real! 


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Falando musicalmente...


Pela porta aberta de um coração descuidado, entrou um amor, em hora incerta, que nunca deveria ter entrado... 

(Porta Aberta - Luiz Ayrão)

Sou de um planeta...



Sou de um planeta 
Que só vive em pé de guerra 
Onde Fabricam doenças 
Onde a justiça mais erra 
Uma Gaiola de loucos 
Com o nome planeta terra. 

(Meu Sonho - Poeta - Antônio Francisco)

Terral - Ednardo, Amelinha e Belchior

A videoteca Melodias da Alma relembra os grande momentos vividos pelas composições e interpretações antológicas da música nordestina. O trio de artistas intitulado "PESSOAL DO CEARÁ", composto por Ednardo, Amelinha e Belchior, faz um especial para o Som Brasil da Rede globo. O show foi realizado em 1994, no Parque do Cocó, na grande Fortaleza. Neste vídeo, como numa especie de volta ao passado, um publico de 15 mil pessoas vai ao delírio e canta junto a musica "TERRAL", composta por Ednardo, nos orgulhando de termos esses imortais nordestino que revolucionaram a Musica popular Brasileira com suas letras e melodias cantando seu povo, sua cultura, suas dores e seus lamentos! Um momento ímpar nos levando a dizer também que somos: "a nata do lixo, o luxo da aldeia, somos da América"! 


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Nem dormindo eu consigo te esquecer



O cansaço me bota pra dormir! 
Nem dormindo consigo te esquecer. 
Porque sonho, e sonhando posso ouvir 
tua brisa soprar pra me aquecer. 
A saudade me mata sem sentir 
e eu sentindo, morrendo sem querer. 

(Poeta - Firmo Batista)

Falando musicalmente...


 Vem a chuva, molha o meu rosto, e, então, eu choro tanto... Minhas lágrimas e os pingos dessa chuva se confundem com o meu pranto.

(Sentado a Beira de do caminho - Roberto e Erasmo)

Benito di Paula - Sanfona branca

Eis um grande artista de nome Uday Veloso, que compôs uma música especialmente para "Luiz Gonzaga". Uday é um fluminense nascido em Nova Friburgo, em 30/11/1941, tendo completado 70 anos no final de 2011. Conhecido nacionalmente e internacionalmente por Benito de Paula, disse no programa Ensaio do Fernando Faro a seguinte declaração: “Luiz Gonzaga é uma coisa que está dentro de mim desde que nasci. Eu fico até com pena desse pessoal que trabalha com cultura e arte e não fala dele, não toca nada dele... São infelizes”. Emocionado, Benito cantou uma canção que compôs para Gonzagão chamada “Sanfona Branca” e ainda interpretou um trecho da composição feita por Luiz Gonzaga em resposta a essa homenagem: “Chapéu de Couro e Gratidão”, além da clássica Asa Branca. E foi justamente em 1975 que Benito di Paula compôs e gravou a canção-homenagem que mais emocionou Luiz Gonzaga: Sanfona Branca. Aqui nesse vídeo, na gravação do seu DVD em 2011, ele se emociona mais uma vez e interpreta com maestria, com a alma e coração. "É festa, é povo, Luiz alegria, Luiz Gonzaga é poesia!”.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sonhos de areia...



Nos planos que a rima alcança
Tendo a vida por irmã 
De noite ilusão perdida 
De dia esperança vã 
Castelos de pedra hoje 
Sonhos de areia amanhã 

(Poeta - Ivanildo Vila Nova)

Falando musicalmente...


Arrepare não, mas enquanto engoma a calça eu vou lhe contar uma história bem curtinha fácil de cantar. Porque cantar parece com não morrer, é igual a não esquecer que a vida aqui tem razão... 

(Enquanto Engoma a Calça - Ednardo)

Elba Ramalho - Você se lembra

Em outubro de 1996, esses quatro nordestinos (Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho), considerados como monstros sagrados da Musica Popular Brasileira, lançaram um álbum: "O Grande Encontro", musical que se transformou em show com sucesso pelo Brasil. 

Neste vídeo, Zé Ramalho e Geraldo Azevedo acompanham Elba Ramalho em uma interpretação fabulosa da canção "Você Se Lembra", composição do próprio Geraldo em parceria com Fausto Nilo e Pippo Spera. Uma grandeza de harmonia, solo, cadência e sutileza nos levando ao imaginário de ter visto um anjo azul... Pura emoção! 


sábado, 3 de outubro de 2015

A vida continua...

 

Todo dia tem gente aprendendo 
O sábio, um dia, foi um aprendiz 
Um sorriso ajuda a ser feliz 
O sol se põe e à noite vem a lua 
Beija-flor beija a flor que não é sua 
Todo mundo já teve seu dilema 
Então seja qual for seu problema 
O que eu sei é que a vida continua

(Lucas Vinícius)

Falando musicalmente...


Eu não sei se vem de Deus do céu ficar azul; ou virá Dos olhos teus essa cor que azuleja o dia? 

(Azul - Djavan)

Marcos Assumpção - Roda Viva

Esse Carioca é cantor, compositor, produtor artístico, entre outras facetas artísticas. Marcos Assumpção viu sua carreira começando a se desenhar em 1995, quando conheceu o crítico e pesquisador musical Ricardo Cravo Albim. Logo se tornaram amigos, então Ricardo convidou Marcos para participar de seu programa na Rádio MEC, no Rio de Janeiro. A partir daí, incentivado pelo próprio Cravo Albim, teve seu primeiro trabalho montado e produzido – o show “Clave de Luz“. Assumpção teve então seu talento reconhecido e foi aclamado pela crítica como “A Nova Revelação da MPB”, ao participar ao lado de Raimundo Fagner do projeto “Novo Canto”, da Rádio JBFM do Rio de Janeiro, em novembro de 1998. O show foi Recorde de bilheteria. Convidados, repetiram o show em São Paulo, no SESC Ipiranga. Novamente, recorde de bilheteria em março de 1999, onde Marcos lançou seu primeiro CD. A amizade entre os dois dura até hoje. Sozinho com seu violão ou em formações pocket, Marcos viaja por cidades do interior com seu show intitulado “Sala de Estar” atrás de sua música. Afinal, Milton Nascimento já escreveu que um artista deve ir aonde o povo está. E essa Sala de Estar está pronta para continuar viajando e acontecendo por aí. Sempre que a música o convida, ele entra com seu violão e faz acontecer o show. Aqui no programa Sr. Brasil ele interpreta a musica “Roda Viva” do seu amigo Chico Buarque com a participação do Milton Mori no bandolim. Uma relíquia, um momento impar, como diz o próprio Boldrin: "Tirando o Brasil da Gaveta” 


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Ao som da Ave Maria



MOTE: 
Baixe a face, o pranto desce 
Ao som da Ave maria. 

Nas ruas da capital 
Quando a noite mostra o luto 
Uma mãe segura o fruto 
Com um carinho maternal 
Cobre o filho com jornal 
Pra enfrentar a noite fria 
Abraçada a sua cria 
Faz a santa a sua prece 
Baixa a face, o pranto desce 
Ao som da Ave maria. 

(Poeta - Ciro Filó)



Nasce a fé de um poder indestrutível 
Sua cósmica corrente é poderosa, 
Sempre opera de forma milagrosa 
Quando tudo pra nós é impossível. 
O singelo se torna o mais incrível 
O fragílimo se faz invulnerável, 
Seu poder quando é inabalável 
A mais alta montanha é removida; 
Representa do ser a própria vida
Pela forma até hoje inexplicável. 

​(Poeta - Oliveira de Panelas)

Falando musicalmente...



A correnteza do rio vai levando aquela flor; o meu bem já está dormindo zombando do meu amor... 

( Correnteza - Tom Jobim)

Nando Cordel - De volta pro meu aconchego

Nando Cordel, nome artístico de Fernando Manoel Correia nascido em Ipojuca, 13 de dezembro de 1953 é um cantor, compositor e instrumentista brasileiro. Tem suas canções gravadas por grandes figuras da música popular brasileira, como Elba Ramalho, que transformou em sucesso sua primeira parceria com Dominguinhos: De Volta pro Aconchego.

Sua fama como compositor é bem maior do que como intérprete. Já teve músicas gravadas por Chico Buarque, Zizi Possi,Fagner, Maria Bethânia, Fábio Jr, Martinho da Vila, Fafá de Belém, Ivete Sangalo e outros. Alguns de seus sucessos são Isso Aqui Tá Bom Demais, com Dominguinhos, Hoje é Dia de Folia, interpretada por Xuxa, e Gostoso Demais. Como intérprete, já lançou cerca de 25 discos e uma coleção de 12 cds dedicados a músicas para meditação e relaxamento. Segundo ele, essas músicas são um encontro com a paz, a serenidade e a meditação. Com títulos que definem muito bem o que se vai ouvir, a coleção para meditação é composta por músicas instrumentais: Doces Canções, Doce Harmonia, Doce Paz, Doce Luz, Doce Natureza, Dedicado às Flores, Dedicado a Vida, Dedicado à Beleza, Dedicado à Voz e Iluminando a Alma. Filho de um comerciante que também era poeta e repentista, Seu Manoel do Posto, e de uma dona de casa, Dona Nata, Nando é o mais velho de 14 irmãos. O sobrenome Cordel surgiu a partir de uma brincadeira entre os sobrenomes. Mas também é uma homenagem a um tipo de arte popular. A chamada literatura de cordel que veio da Europa, se instalou rapidamente e é patrimônio cultural do nordeste brasileiro.

Com trabalhos centrados na cultura musical pernambucana e nordestina, como forrós e xotes, , o artista sofre ainda grande influência de outros ritmos, como a salsa e reggae. Nando Cordel compõe para diferentes estilos e gerações de intérpretes. Por conta disso, as composições dele são bem diversificadas, como as românticas, dançantes e até infantis. O primeiro violão, aos 15 anos, foi o pontapé inicial para a carreira artística. Nando Cordel ganhou o instrumento do pai e aprendeu a tocar sozinho. Com 17 anos, já fazia parte de uma banda de baile. Foi assim que começaram as apresentações profissionais.

Foi nessa época que sentiu necessidade de criar um estilo próprio e passou a compor. De lá pra cá, assinou centenas de composições e teve mais de 500 músicas gravadas por grandes artistas. Em algumas dessas composições contou com a ajuda de importantes parceiros, como Elba Ramalho e Dominguinhos. 

Nesse vídeo, ele interpreta com simplicidade a sua imortal composição feita com Dominguinhos: "De volta por meu aconchego". Uma harmonia serena, doce, cativante e com uma força enorme que nós faz encher o peito e cantar junto: "Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade...". Formidável!