quinta-feira, 28 de maio de 2015

A saudade é companheira de quem não tem companhia



Mote:
A saudade é companheira
De que não tem companhia...

Fraqueza da humanidade 
Alguém dirá, mas não é 
Diz a tradição até 
Jesus chorou de saudade 
Seu coração de bondade 
Da Virgem se despedia 
Chorava olhando a Maria 
Do Horto da Oliveira 
A saudade é companheira 
De que não tem companhia. 

(Poeta - Dimas Batista)

Falando musicalmente...


Na segunda manhã que te perdi, era tarde demais pra ser sozinho. Cruzei ruas, estradas e caminhos como um carro correndo em contramão... 

(Na Primeira Manhã - Alceu Valença)

Terça Feira Trio - Poder da criação

Terça Feira Trio é formando por Fernando Cavaco, no cavaquinho e voz, Sergio Kraskowisk, no Pandeiro e Ricardo Herz, no Violino. Esses três Brasileiros que divulgam com maestria a verdadeira musicalidade brasileira fora do país seguem um pequeno perfil desses artistas fantásticos. "Ricardo Herz, paulistano, desenvolveu no violino uma maneira própria de tocar. Reconhecido por grandes nomes como Dominguinhos, Hamilton de Hollanda e Edu Lobo, Herz tem uma carreira consolidada na cena atual brasileira. Já tendo dividido o palco com Lenine, Maria Bethânia, Francis Hime, Trio Madeira Brasil e Beth Carvalho. O pandeirista do grupo Tira Poeira, Sergio Krakowski, é recém-chegado do Rio de Janeiro em Paris. Além de ser uma referência no instrumento, Sergio desenvolve um trabalho como arranjador e faz seu doutorado em computação musical. Nascido e criado no mundo do Samba, Fernando do Cavaco, fundou o Clube do Choro em Paris e a Orquestra do Fubá, grupo conhecido do público francês e europeu. Trouxe novas possibilidades para o instrumento, dispontando como uma grande referência na Europa." Aqui o grupo interpreta "O Poder da Criação" dos grandes mestres Paulo Cesar Pinheiro e João Nogueira. Uma verdadeira obra prima!





sexta-feira, 22 de maio de 2015

A morte está enganada!



Quando eu partir deste abrigo
Seguir à mansão sagrada, 
A morte está perdoada 
Do que quis fazer comigo, 
Quis que eu fosse igual ao trigo 
Que ao vendaval se esfarela, 
Mas eu vou passar por ela 
De cabeça levantada 
A morte está enganada, 
Eu vou viver depois dela. 

(Poeta Manoel Filó)

Falando musicalmente...



Não se discute talento, mas seu argumento... Me faça o favor: respeite quem pôde chegar onde a gente chegou! 
(Moleque Atrevido - Jorge Aragão)

Martinho da Vila e Simone - Danadinho, danado

No dia 29 de maio de 2009, no Programa Som Brasil, o grande mestre do samba Martinho da Vila e a cantora Simone - conhecida como "a cigarra"-, nos proporcionaram um dueto belíssimo, interpretando do próprio sambista da Vila Isabel. "Danadinho Danado" chega a ser emoção à flor da pele, a sutileza da letra, a cadência da harmonia, o elo de integração dos dois com a canção. Enfim, a verdadeira grandeza da musica Brasileira!



sábado, 16 de maio de 2015

Eu entre paradoxos



Tá bom! Já chega! Estou cansado de tudo, de todos... Eu... só quero mesmo é escrever. Vou te dizer uma coisa: parei de acreditar no ser humano, pelo menos por hoje. Não sei se essa minha ideia terá um prazo de validade. Eu vivo um paradoxo, pois, para falar a verdade, eu acredito no mundo. Me apego ao coletivo para fugir do individualismo, pois tenho muito medo dele. A sociedade não foi feita para se olhar com lupa, ela assusta muito. No meio de tantas bizarrices eu me encontro perdido sem saber ao certo quem sou. Talvez seja apenas mais um ser bizarro, revoltado e cheio de coisas para falar, mas falar não é tão fácil. Traduzir sentimentos é uma das tarefas mais difíceis que existem. Isso de usar palavras, grafemas, pontuação, etc, prejudica, e muito, a tradução do sentimento. Mesmo assim, eu teimo, insisto e escrevo. 

Bom, apesar dos pesares, a cada palavra que escrevo me sinto melhor. É como se o remédio começasse a fazer efeito. Daqui a pouco vou ouvir uma música, com muito cuidado e critério, claro. A música é outro paradoxo. Ela arde, fere, mata, ao mesmo tempo que ela alegra, anima e potencializa o ser. Pronto, o recado está dado. Para quem? Não sei. Se alguém compartilha desse meu sentimento, puxe uma cadeira e continue lendo, fiquei à vontade, o texto também é seu. Tento aproveitar, ao máximo, esse momento de plenitude emocional e permito-me transcender e esborrar-me, não peço perdão pelos meus excessos, aqui eles são essenciais. Mas não quero aqui falar de mim, a intenção não é essa, a única intensão desse texto era dizer que não existiria solução para o ser humano, mas... desculpe-me, a música e o texto me fizeram mudar de opinião. 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

O homem e a praia



Sentado à beira do mar, passa um filme em sua cabeça. Ele está só: o homem e a praia. Ali, ninguém mais para o escutar ou mesmo para brincar com ele. O que a vida lhe levou? O que a vida lhe trouxe? Ele só queria saber se crescer, mentalmente e fisicamente, era, de algum modo, vantajoso. 

Os doze anos de idade já tinham completado doze anos de idade. A primeira paixão, aquela professora inesquecível, os amigos com quem tinha jurado amizade eterna, já não estavam por perto. Apesar da escola estar no mesmo lugar, os professores serem os mesmos professores, algo mudara. O espírito dela não era o mesmo, ela não tinha mais tanta graça. 

A medida que o filme passava, o homem solitário não sabia se sorria ou se chorava. Às vezes chorava ao se ver pequeno e impotente diante do tempo. Às vezes ele sorria, era inevitável, claro, ele tinha lembrado daquele dia, daquela bobagem que havia acontecido. Bobagens como esta não tinham significado para ninguém, mas para ele, sim, afinal, ele teve infância.  

sábado, 9 de maio de 2015

A tristeza que a tua falta trás



Toca a brisa da noite no portão 
O cabelo se assanha com o vento 
O balanço da rede em movimento 
E um rádio tocando uma canção 
A saudade arranhando um coração 
E a dúvida de um sempre, ou nunca mais 
Uma lágrima caindo e o vento faz 
Se espalhar pela face entristecida 
Eu na rua buscando achar saída 
Pra tristeza que a tua falta trás. 

(Poetisa - Mariana Teles)

Falando musicalmente...


Minha rede branca, meu cachorro ligeiro... Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro! O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro de alguém sozinho a cismar.

(Tudo Outra Vez - Belchior)

Jorge Vercillo e Raimundo Fagner - Homem grande

Esta música está presente no CD/DVD "Luar de Sol", do cantor e compositor Jorge Vercillo, trabalho este que em 2013 foi indicado ao melhor CD de MPB do ano pelo Grammy Latino. Essa musica é parceria entre o compositor Silvio Souto e Jorge Vercillo. Maravilhosamente cantada, nesse vídeo a participação especial de Raimundo Fagner tem um brilho ainda maior, formando um dueto fantástico. São duas vozes marcantes, um uníssono perfeito, uma junção poética desses dois grandes artistas Brasileiros!



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Seleção de poemas (Parte 2) - Madja Fernandes



Silêncio 

Bebi cada gole daquela garrafa.
Como se estivesse bebendo cada segundo do dia
Para escapar da dor terrível que é viver.

Ando pelos bosques, mas não te vejo.
O riso que escuto não é o seu.
Só o silêncio me corrói.

Um beco sem saída.
Foi para isso que vim à vida?
Silêncio, silêncio...
Isso é o que maltrata.

Noite escura 

Na densa chuva da madrugada.
No denso frio da madrugada.
Na densa noite vazia.
A solidão tem sido minha melhor companhia.

Se me faltar a farinha do cotidiano.
Alimentar-me-ei das palavras
Que eu mesma inventar.
A imaginação não me permitirá
Que minha memória se entregue a solidão.

O céu hoje está mais escuro.
A noite mais fechada.
Choram as ruas.
Chora a noite.
Choro eu sem a sua companhia.

O reflexo no espelho 
À Maria Madalena 

O reflexo que vi no espelho
Foi algo sublimar...
Olhei meu rosto
Mas foi o seu rosto que eu pude avistar.

Fiquei tão feliz.
Me ver e me sentir assim...
Tão parecida com você.
Fiquei radiante.

Só é lamentável o fato de saber:
Mãe, para mim, você será sempre um retrato de saudade.