A LerMais Editora, com sede de cultura, lançou, em 2011, o CD "Metade de Dez". O CD é uma coprodução entre o poeta mossoroense Antônio Francisco e os músicos, também mossoroenses, Mazinho Viana e Regina Casa Forte. Neste maravilhoso disco é possível encontrar poemas de Antônio recitados e cantados.
Uma obra como esta não pode passar em branco, então o Balaio Musical do BMG, com muito prazer, traz para todos os leitores apreciadores da boa música a originalidade, cheia de crítica e sutileza, dos poemas de Antônio Francisco e a musicalidade de Mazinho Viana e Regina Casa Forte.
Entre as músicas que escolhemos para divulgar aqui estão:
1 - Urubu com Avião - (Letra: Antônio Francisco/Música: Mazinho e Deoclécio)
2 - Filhos da Rua - (Letra: Antônio Francisco e Evandro Cunha/Música: Mazinho)
Pavão misterioso, nessa cauda aberta em leque, me guarda moleque de eterno brincar.
Me poupa do vexame de morrer tão moço, muita coisa ainda quero olhar...
Mestre em aperfeiçoar o imperfeito, defensor da liberdade e proclamado inimigo da escravidão, Gilberto Gil prestou nesta canção, "Meio de Campo", justa homenagem ao ex-jogador Afonsinho. Desde de 2001, os jogadores profissionais de futebol não estão mais acorrentados aos seus clubes pela Lei do Passe e devem isso ao ex-meia do Botafogo e hoje médico, Afonso Celso Garcia Reis, o Afonsinho. Assim como Gil, Afonsinho tinha convicções libertárias e foi o primeiro jogador profissional a conseguir, na Justiça, o passe livre. É verdade que os jogadores não estão mais presos aos seus clubes, mas, em alguns casos, ainda são explorados por empresários gananciosos, mas o poeta alerta, era necessário desprezar a perfeição.
Tudo começou no final dos anos sessenta, quando Afonsinho, dando um tempo do barbeiro, cultivou bela barba e cabelo, desprezando a perfeição estética adequada à conduta de bom moço e meio-campista, exigida pelo então treinador do Botafogo, Mário Jorge Lobo Zagallo. Que o Velho Lobo nunca foi Pelé nem nada não é novidade para ninguém, mas o fato é que o treinador proibiu a entrada de Afonsinho no clube, ou, pelo menos, de sua barba e vasta cabeleira. Acorrentado, ofendido em sua dignidade, Afonsinho conseguiu na Justiça o direito de manter a barba e continuar jogando futebol, obtendo o passe livre. Era o início do fim da escravidão no futebol. Hoje, com pouco cabelo, quase esquecido e ainda barbudo, Afonsinho pode se considerar um vitorioso em sua luta abolicionista, mas carrega a certeza de ter feito pelo futebol tanto quanto um Pelé ou um Tostão. Este foi, sem dúvida, o gol mais importante de sua carreira. E olha que fazer um gol nessa partida não é fácil, meu irmão. Assim, Gil com seu violão acompanhado por Mestrinho do Acordeon, seu filho Bem Gil no contra baixo e Domênico na bateria fazem um verdadeiro show de harmonia e brilhantismo.
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito.
Exijo respeito, não sou mais um sonhador!
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor... Mentira!
Petrúcio Antônio de Amorim nasceu em Caruaru-PE, no bairro do Vassoural. Intuitivamente, aos nove anos de idade juntava sons e palavras e fazia suas primeiras canções. Com doze anos já sonhava tocar suas músicas nas emissoras locais. A devoção musical veio mesmo quando começou a participar dos festivais estudantis. Em 1979 participou do 2º Encontro Latino Americano de Folclore, realizado na Sala de Cultura Luiza Maciel, em Caruaru. Petrúcio concorreu com três músicas, com as quais vence o festival. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga.
Ao longo de sua carreira, Petrúcio Amorim colecionou vários sucessos, dentre eles: Confidências, Devagar, Lembranças, Anjo querubim, Estrela cadente, Senão eu choro, Meu ex-amor, Foi bom te amar, Menino de rua, Não chora não chora não, Nem olhou pra mim, Cidade grande, Tareco e mariola, Filho do dono, Meu cenário, Chorar pra quê, Meninos do Sertão, Dois rubis, Quando o coração quer. Nesse vídeo, ele nos conta como compôs a grande obra composta "Filho do Dono", onde retrata a saga e a realidade do Brasil e, principalmente, do povo nordestino!
Não é discurso religioso, não é
sermão de blogue, não é um texto de autoajuda. Mas venho refletindo
sobre a distância do eu em relação a outrem. Isso muda tudo, isso muda
muito. Relações, sentimentos, desejos, tudo muda em relação a essa
distância. Há aquele velho ditado que diz: "o que os olhos não veem, o
coração não sente". Pois bem, é aí mesmo onde quero chegar.
Para
que meus olhos não vejam, para que meu coração não sinta, uma certa
distância é necessária. Essa distância é fator anulador sobre qualquer
sentimento. Por essa razão, talvez seja tão difícil entender a situação
de quem não conheço. Por isso, também, talvez não seja fácil se colocar
no lugar do outro - já que é preciso manter a distância, blindar-se.
Certa
vez, estava indo para o trabalho e observei uma iguana atravessando a
pista. Essa pista se situa numa região de mata nativa, habitat de muitos
animais silvestres. Aquela iguana não tinha invadido a pista, esta que
teria invadido o habitat natural daquela iguana. Naquele momento, fiquei
com medo que ela não conseguisse chegar ao outro lado. Segui em frente.
Pensei muito sobre aquela iguana. Teria ela conseguido atravessar a
pista? Não! Na volta para casa, observei o local e lá estava ela,
atropelada.
Quem
se importa com aquela iguana? Muito provavelmente nem mesmo o motorista
que a atropelou. Haveria uma distância de todos em relação a ela. Mas
não houve uma distância entre mim e ela. Compadeci-me. Ela foi
totalmente injustiçada!
Que
encurtem as distância para que os olhos vejam e o coração sinta. Assim,
a empatia será maior, a verdade será compreendida e muitas coisas
ajustadas.
Eu queria ter na vida, simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra colher; ter uma casinha branca de varanda; um quintal e uma janela, só pra ver o sol nascer...
A Musica Popular Brasileira sempre nos surpreende e nos presenteia com momentos magníficos, cheios de sutileza, leveza e doçura. Neste encontro, temos o canto harmonioso e envolvente de Vanessa da Mata junto ao canto aboidor do grande artista nordestino do solo Paraibano Chico Cesar. Eis uma interpretação de uma composição deles próprios: "A Força que nunca seca". Uma preciosidade que nos transporta para o mundo do mistério e da fantasia.