quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Sinhá - João Bosco e Chico Buarque

Mais um clássico da MPB! 

Sinhá narra uma história, onde nos versos do poema, falam duas vozes: a do escravo e a do cantor. O escravo implora ao senhor de engenho que não o castigue, por julgar que ele havia visto a Sinhá tomar banho nua no açude da fazenda.O cantor é quem conta o conto, a história desse escravo, e se sente atormentado, por saber-se herdeiro sarará de um feroz senhor de engenho e de um escravo mandingueiro que enfeitiçara uma sinhá. Em cada palavra, em cada frase, estão presentes as vozes, as visões de mundo de duas pessoas, pelo menos. É o que o filósofo russo, Bakhtin, chama de tensão dialógica da linguagem.


Nenhum comentário:

Postar um comentário