Há algum tempo comecei a estudar
e me dedicar sobre um novo conceito que vem surgindo na musicoterapia e nas
organizações em geral. Falo sobre a musicoterapia organizacional. Neste humilde
blog, eu já escrevi um artigo sobre o que é a musicoterapia, para quem não
lembra
clique aqui e conhecerá sobre essa nova e bonita ciência
transdisciplinar que utiliza a música para o nosso bem estar. Dessa vez, com o
auxílio da musicoterapia venho desmistificar a diferença entre o som ambiente,
executado em qualquer lugar que seja, e a música funcional, geralmente
utilizadas em empresas.
A música ambiente é aquela que
escutamos ao varrer a casa, preparar o almoço, acessar a internet, entre várias
outras tarefas. Nós gostamos de ligar o som, preparar uma playlist, ou ligar o rádio
e escutar tudo que passa ali de uma maneira despretensiosa e pessoal, sem
nenhum estudo prévio da nossa identidade sonora e situação psicológica. A
música ambiente, apesar de poder nos trazer saudáveis benefícios, não possui
essa obrigação. Estamos realizando nossa tarefa principal e escutando música de fundo, simplesmente.
Por isso muitas empresas vêm pecando ao
utilizar a música ambiente ao invés da música funcional ou musicoterapia
organizacional.
A música funcional é aquela
utilizada com objetivos extramusicais, que possui efeitos psicofisiológicos
sobre aqueles que escutam a música. Ela é utilizada em empresas
como uma das aplicações da musicoterapia organizacional. A musicoterapia organizacional
é a utilização dos sons, da música e seus elementos visando o bem estar e saúde
dos trabalhadores. Mas para que realmente exista a musicoterapia organizacional
é necessário um estudo prévio sobre todos os funcionários que irão sofrer a
aplicação, um estudo sobre o local em que irá ocorrer a intervenção, entre outros
fatores que irão exigir a presença de uma especialista na área de
musicoterapia.
Atualmente, poucas empresas dão a
devida importância para a música funcional e a musicoterapia organizacional,
talvez pelo despreparo ou por causa do desconhecimento sobre o assunto. Em todo
supermercado ou grande loja que entramos e passamos nossos poucos minutos lá
dentro, podemos escutar o som ambiente que ali é executado. Às vezes, nem nós
gostamos daquelas músicas que são tocadas e algumas vezes até repetidas. Se nós,
que não passamos o dia nesses locais, temos nosso psicológico e físico abalados muitas vezes, imagine as pessoas que ali trabalham.
Nesse mundo organizacional que
busca incentivar o consumismo a toda hora, que faz de tudo para agradar o
cliente, esquecendo os seus colaboradores, deveria parar para pensar mais sobre
a musicoterapia organizacional. Através dela se pode, sim, chegar a um consenso
musical para que a música tocada seja útil e um benefício para todos que frequentam
tal ambiente de trabalho. Até porque, aquela música ambiente é boa para aquele que
seleciona, para os outros já não se sabe.
Obs.: Se você quer conhecer de forma mais aprofundada sobre musicoterapia organizacional leia um trabalho que publiquei recentemente no Encontro Nacional de Administradores e Acadêmicos de Administração, clicando
aqui.