quarta-feira, 16 de julho de 2014

Pressa nossa de cada dia



Ultimamente a pressa não tem sido somente inimiga da perfeição, mas também nossa inimiga. Analisando nosso mundo moderno, podemos observar que as pessoas têm pressa para tudo. Esse é o jeito moderno de viver, onde não há espaços para a paciência. Vejo o transito mais rápido, perigoso, as pessoas correm, não possuem mais tempo para nada. Aliás, essa é uma frase batida e repetida aos quatro cantos, “eu não tenho mais tempo para nada”, talvez seja essa falta de tempo que não permita a reflexão sobre esse modo de vida.

Em toda essa pressa, será que ainda sobra tempo para a música? Acredito que as músicas atuais seguem esse modelo apressado. Quando analisamos que não se há tempo para pensar e refletir, o melhor é sentir aquele prazer intenso e rápido. Os sucessos são passageiros, efêmeros, sem muito apego por parte de quem os escutam. Eis que a arte imita a vida, como sempre. E assim, as pessoas vão se dando por satisfeitas tanto em relação às suas vidas, como em relação às músicas que elas escutam.

As músicas sem qualidade estética e poética têm prazo de validade e são poucas as músicas que marcam para sempre, aquelas que ultrapassam a barreira dos anos sobrevivendo a tudo e todos. Estudos apontam diversos motivos para que essa efemeridade e eternidade de certas músicas ocorram. Um desses motivos é a cultura de quem os escuta, assim, há públicos que eternizam e se satisfazem com suas amadas canções e outros que pedem um sucesso atrás do outro, para se satisfazer. A formação dessas culturas já é algo que pode ser explicado, mas que tal explicação é um pouco mais complexa.  

Em meio a toda essa pressa, vale uma pausa, uma reflexão, uma boa conversa e um repensar sobre nossos valores. Isso não deve ser levado em conta somente nos “happyhours” da vida. Precisamos de mais tempo para nós, como também para o outro. A mudança individual nos levará a uma mudança coletiva. Vale lembrar que a pressa desmedida nos faz perder tempo tão quando a lentidão. Não faço apologia a preguiça e o desinteresse. Apoio um equilíbrio na vida, baseado em um pensamento do mundo que diz: "Eu tenho todo o tempo do mundo, se você não tem apresse-se". Por fim vale uma pergunta: para onde vai com tanta pressa?     

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