sábado, 12 de julho de 2014

Musicoterapia organizacional e música funcional



Há algum tempo comecei a estudar e me dedicar sobre um novo conceito que vem surgindo na musicoterapia e nas organizações em geral. Falo sobre a musicoterapia organizacional. Neste humilde blog, eu já escrevi um artigo sobre o que é a musicoterapia, para quem não lembra clique aqui e conhecerá sobre essa nova e bonita ciência transdisciplinar que utiliza a música para o nosso bem estar. Dessa vez, com o auxílio da musicoterapia venho desmistificar a diferença entre o som ambiente, executado em qualquer lugar que seja, e a música funcional, geralmente utilizadas em empresas.

A música ambiente é aquela que escutamos ao varrer a casa, preparar o almoço, acessar a internet, entre várias outras tarefas. Nós gostamos de ligar o som, preparar uma playlist, ou ligar o rádio e escutar tudo que passa ali de uma maneira despretensiosa e pessoal, sem nenhum estudo prévio da nossa identidade sonora e situação psicológica. A música ambiente, apesar de poder nos trazer saudáveis benefícios, não possui essa obrigação. Estamos realizando nossa tarefa principal e escutando música de fundo, simplesmente.  Por isso muitas empresas vêm pecando ao utilizar a música ambiente ao invés da música funcional ou musicoterapia organizacional.

A música funcional é aquela utilizada com objetivos extramusicais, que possui efeitos psicofisiológicos sobre aqueles que escutam a música. Ela é utilizada em empresas como uma das aplicações da musicoterapia organizacional. A musicoterapia organizacional é a utilização dos sons, da música e seus elementos visando o bem estar e saúde dos trabalhadores. Mas para que realmente exista a musicoterapia organizacional é necessário um estudo prévio sobre todos os funcionários que irão sofrer a aplicação, um estudo sobre o local em que irá ocorrer a intervenção, entre outros fatores que irão exigir a presença de uma especialista na área de musicoterapia.

Atualmente, poucas empresas dão a devida importância para a música funcional e a musicoterapia organizacional, talvez pelo despreparo ou por causa do desconhecimento sobre o assunto. Em todo supermercado ou grande loja que entramos e passamos nossos poucos minutos lá dentro, podemos escutar o som ambiente que ali é executado. Às vezes, nem nós gostamos daquelas músicas que são tocadas e algumas vezes até repetidas. Se nós, que não passamos o dia nesses locais, temos nosso psicológico e físico abalados muitas vezes, imagine as pessoas que ali trabalham.


Nesse mundo organizacional que busca incentivar o consumismo a toda hora, que faz de tudo para agradar o cliente, esquecendo os seus colaboradores, deveria parar para pensar mais sobre a musicoterapia organizacional. Através dela se pode, sim, chegar a um consenso musical para que a música tocada seja útil e um benefício para todos que frequentam tal ambiente de trabalho. Até porque, aquela música ambiente é boa para aquele que seleciona, para os outros já não se sabe.

Obs.: Se você quer conhecer de forma mais aprofundada sobre musicoterapia organizacional leia um trabalho que publiquei recentemente no Encontro Nacional de Administradores e Acadêmicos de Administração, clicando aqui.

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