O tempo não cessa, assim como o
movimento do mundo. Em meio a tantas viagens, viajo em pensamentos, pois isso é
viver. Sempre acompanhado de uma boa música. Escrevo sobre viagens, já que redijo esse texto enquanto viajo e observo as belezas naturais das terras ainda não
habitadas. Daqui a alguns anos a civilização vai ser insuportável, pois não vai
cessar, com isso o mundo fica pequeno para a ganância humana. Entre o contraste
do ar-condicionado do ônibus e o sol que queima lá fora, observo a desigualdade social que deve continuar a ser combatida. Em meio a toda confusão política que vivemos, penso na
responsabilidade da(o) próximo presidente. Com todos esses debates nos
perdemos no meio da complexidade que é
administrar um país.
Através da janela me vejo e me
identifico com o jeito de ser do povo, das casas, da vegetação, da
determinação, da criação de animais... Sou nordestino com amor. Os pensamentos
voam, sem fronteiras e limites, não imponho barreiras para eles. A dúvida nunca
me abandona, dúvidas sobre a vida, mas ela sempre tem me respondido. Por isso aprendi a
esperar. Anseio pelo futuro é perda de tempo. Segue a viagem, estrada passando
pela janela e a música em volume cem. Penso que estou em casa, estou certo, o
mundo é minha casa. Essa divisão e organização de fronteiras, casas, terras e
terrenos, é só pra organizar mesmo, de fato (na unicidade do mundo) estou em casa.
Partir e voltar faz parte do
ciclo da vida. Acredito que tudo é cíclico, tudo vai e tudo volta, mas não
igual. Como diz a música: “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um
dia”. E como diz Belchior: “o novo sempre vem”! Essa é mais uma, com sua
importância individual, mas outras viagens virão. Um brinde à vida!
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