quinta-feira, 15 de maio de 2014

A racionalização da emoção




Vivemos em um mundo confuso atualmente. Parafraseando o poeta Antônio Francisco: uma verdadeira gaiola de loucos, esse é o nosso planeta Terra.  O que vivenciamos nos dias atuais é uma guerra de ideologias onde o centro de todos os problemas somos nós seres humanos. Se pararmos para analisar os fatos, aos poucos o ser humano está perdendo a capacidade de amar, respeitar e sentir o próximo. Estamos vivendo a era da razão, onde nossas emoções não têm mais espaço para emergir e devem ser trabalhadas e racionalizadas para que assim tenham vez e voz.

Nossas universidades apostam nessa racionalização ao ponto de esquecer que somos seres que se emociona. A ciência, em sua busca incessante pela certeza que nunca chega, menospreza essa emoção, a transformando em um simples objeto de estudo científico, onde os sentimentos devem ser compreendidos dentro de metodologias pré estabelecidas. Fato é que surgem como contra ponto desse pensamento, expressões como: a poesia, a música, a dança e a literatura.

É através dessas expressões que o homem vem conseguindo vencer essa barreira racional, expressando todo o amor e sentimento humano.  A arte surge como uma extensão do ser humano por onde ele se expõe e se enxerga, começando a se entender como um ser complexo que ama e que odeia, que chora e que sorri. A arte vem nos lembrar que somos seres complexos, sendo assim não só raciocinamos, como também sentimos.

É nesse paradigma que se deve repensar a ciência atual, já que esta tem desprezado esse outro aspecto do ser humano. Talvez por ele transcender os padrões de lógicas e metodologias atuais, se criando assim a separação entre a arte e a ciência. Tal separação só tem acelerado a racionalização em excesso, que por sua vez vem causando uma desordem no mundo atual, já que uma de suas consequências é a inibição do sentimento humano. Será que conseguimos viver em harmonia desprovidos de nossos sentimentos?  


Para sermos mais humanos precisamos de uma ciência mais humana que nos entenda como seres sentimentais e não só como máquinas racionais. 

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