sábado, 3 de maio de 2014

Música para ser humano




É com muita alegria que escrevo meu primeiro artigo para o meu primeiro blog. Com muita felicidade começo a expor meus pensamentos e trocar idéias com todos vocês sobre uma das minhas maiores paixões, a música. Seu poder indiscutível e provado cientificamente, me fascina, me cura e me muda.  A música quando feita com sentimento e com significado ela consegue nos transmitir tal sentimento e significado. Como campanha, em primeira vez nesse blog, eu peço que não banalizem a música, pois assim sendo, nós que a escutamos também somos banalizados.

Não há dúvidas que na atualidade a coisificação da música vem ocorrendo sem muita resistência. Até há força contrária, mas esta não oferece perigo frente a uma mídia e indústria cultural que massifica e investe em música simples, repetitiva e insistente que nos é enfiada goela abaixo, aproveitando um baixo poder de crítica por parte de quem escuta. A crítica funciona como uma avaliação. Toda crítica, seja ela política, econômica, jurídica, entre outras, é essencial para um debate construtivo para a nossa sociedade. A crítica musical é tão importante quanto todas as outras.

Considerando o poder que tem a música de nos tocar, é de grande importância que seja estabelecido um poder de avaliação musical por parte de todos que escutam música. Funcionando como um tipo de filtro, onde o controle de qualidade é aprendido desde a educação básica. Teóricos, como Adorno, evidenciam efeitos maléficos no ser humano, causados pela massificação da música, afirmando que tal estética musical massificada está causando um efeito de regressão da audição, que seria uma espécie de infantilização da audição nas pessoas.

Essa infantilização aliena e retira o poder de escolha do ouvinte, já que ele estaria apto a reconhecer apenas um estilo de música, criando uma dicotomia entre gosto e reconhecimento. Assim, se pode afirmar que a música tem um grande poder de alienação. O pedido inicial desse blog, não seria uma forte apologia à música clássica, e nem estou dizendo que existe determinado gênero ou estilo musical que não deve ser escutado. Dizemos não à massificação da música, tornando a música um produto com padrões estéticos de fácil aceitação e diminuindo sua originalidade e seu valor cultural.

O pedido deste blog seria por uma educação musical presente nas escolas, desde a educação básica.  Por uma educação regular onde a arte seja tão valorizada quanto o português e a matemática. Assim estaríamos educando pessoas a se tornarem mais críticas e mais humanas. 

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