sexta-feira, 27 de junho de 2014

Quanto custa a felicidade?



Quanto custa a felicidade? Tem preço? Se compra? A cada momento feliz eu tenho a certeza que dinheiro não compra a felicidade. A distância entre o concreto e o abstrato, do dinheiro e da felicidade vem explicitar o quão diferente eles são. Claro que ninguém vive sem dinheiro, mas também ninguém vive sem felicidade e, a meu ver, um independe do outro. Quantos exemplos nós vemos todos os dias de pessoas com muito dinheiro, mas infelizes. Outras esbanjam felicidade, mesmo "pobres" financeiramente falando (isso deve ser deixado claro).

O que me levou a escrever esse artigo foram esses momentos em que a gente tem o tempo livre para imaginar, pensar e refletir sobre muitas coisas. Estive lembrando quantos momentos de felicidade que tive em minha vida e pensei por quanto eu poderia vendê-los. Certamente apareceriam muitas pessoas querendo comprá-los, acredito que até mesmo por muito dinheiro, mas eu não venderia.  A vida é tão justa, que eu até desejaria comprá-los para que assim eu pudesse revivê-los, mas não consigo, não posso. Não se pode comprar o passado. Se pode construir no presente.

Mesmo assim persistimos nessa de precificar tudo, de tornar tudo um produto e de valorizar o inútil. A valorização do dinheiro gera mais dinheiro, gera mercado e isso é interesse de muitos. Isso é interesse daquelas pessoas que pensam que o dinheiro compra tudo. A vida é breve, passa rápido. O melhor da vida é que não precisamos comprar pacotes de felicidades, muitas vezes divididos em várias vezes com ou sem juros para sermos felizes. A felicidade está ao nosso alcance. Depende de nós.

Bom seria se todos pensassem assim, dessa forma acabaríamos cada vez mais rápido com esse comercio de sentimentos que cresce a cada dia. Nós podemos ser o principal fator para a crise desse sistema que só privilegia o mercado. Sistema, esse, sem sentimento, sem amor, que esquece a existência do sofrimento e da verdadeira necessidade. Não vim aqui para criminalizar o dinheiro, mas para desabafar que acredito que podemos ser felizes independentemente do dinheiro e que podemos compartilhar ao invés de acumular. 

O mais irônico da felicidade é que ela se renova e exige renovação, não se mostrando como única, como algo singular. Nunca viveremos a felicidade por completo. Nunca nos saciaremos totalmente de felicidade. Nós sempre queremos mais e ela nos permite isso. A tentativa de comprar a felicidade será eterna, desastrosa e decepcionante. Ao contrário disso, buscarei não comprar a felicidade, mas vivê-la naturalmente, ao meu ver, assim ela se torna mais acessível.   

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