Há tempos eu não ia a um show de
música no teatro, infelizmente, não é todo mês que tenho a oportunidade
de ver verdadeiros artistas e/ou poetas que encham meus olhos de brilho e me
faça ir ao teatro assisti-los. No primeiro momento que entrei, me veio aquela
nostalgia e lembrança de tantos shows e momentos marcantes que me inspiraram e
fizeram com que eu me envolvesse com a música cada vez mais. Ao entrar sou
envolvido com aquele som acústico e atraente que adentra meus ouvidos, minha mente, meu corpo sem pedir licença, agindo como uma massagem sonora. É algo sublime.
A música era a atração, todos
estavam ali para escutá-la, assim como para apreciar a poesia musical daquele
artista do dia. São muitas pessoas que poderiam estar fazendo qualquer outra
coisa, mas que decidiram ir ao teatro para serem massageadas sonoramente com
poesia, como eu. O poder da música é fascinante, assim como o espetáculo em si que promove uma interação intensa proporcionada pela proximidade do ídolo, tantas vezes escutado, tantas vezes mencionado, cantado e tocado por muitos que estavam na platéia.
O teatro é como um fone de ouvido
gigante e coletivo. Tenho o prazer de partilhar aquele momento com todos que
estão ali comigo. Além de momentos, ainda compartilhamos felicidade, sentimentos, acontecimentos, a vontade de mais uma no término do show e a depressão
pós-show causada pelo choque de realidade que aquele momento não irá se repetir
de novo. Realmente, bons espetáculos são raros, são únicos e uma vez
aproveitados são guardados para sempre na memória.
Com todo o valor agregado que nos é oferecido pelos bons shows, permanece aquela vontade e
curiosidade sobre o próximo show. A ansiedade até o próximo é grande. Que
seja grande a ansiedade, mas que não seja longa a espera. Que tenhamos mais
shows em teatro e que mais pessoas frequentem esses espetáculos, assim ganhamos nós,
ganham os artistas, ganha o público, ganha a poesia, a música e a vida.
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